RUAS … DO BRASIL

Crônica de Elizabeth Sunshine, brasileira residente em Corby (UK)

Brasil, país onde nasci, cresci e me despedi. E segui para outros destinos, à procura de segurança e de proteção; só não encontro perfeição, mas sinto paz no coração.

Oh pátria que um dia foi tão amada, hoje tão temida, tão desprezada, não mais a pátria desejada.

Lugar onde eu corria livremente para sentir a brisa no rosto, se tornou um cenário onde corro para não ter o rosto desfigurado.

As praças eram cheias de crianças brincando, hoje resta o vazio, o silêncio, o medo….

Antigamente o zoológico era o ponto turístico muito visitado, hoje em dia os animais andam às soltas, não existem mais jaulas, vagam destemidos, se achando donos dos territórios, passam aterrorizando e matando. O Zoológico sem jaulas fez uma parada na estação Pedro II do Metrô. E os animais mais desprezíveis e nojentos são : Alípio Rogério Belo dos Santos e Ricardo do Nascimento Martins, que se divertiram massacrando em local público a sua presa – Luis Carlos Ruas –  um nobre trabalhador que saiu em defesa do próximo, que teve a nobre atitude e coragem que a pouca plateia que ali estava não teve para o ajudar.

Agora esses animais que andavam livremente querem estar numa jaula separadamente para não morrerem.

Que a justiça seja feita, jaula compartilhada com animais do seu patamar. Vocês têm que aprender a viver em sociedade prisional.

Luís Carlos Ruas, que muitas Ruas sejam iluminadas como você foi, a sua atitude foi nobre e te levou para a eternidade. “Se essa Rua fosse minha, eu mandava ela brilhar, com pedrinhas de brilhante só para o meu amor passar…” É isso… Você espalhou pedrinhas para o próximo passar! Descanse em paz, Ruas!

 

 

 

Sobre antoniopneto

Professor de Língua Portuguesa, contista e cronista.
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